20/07/2017 09:02

CONTRAF-CUT COBRA NEGOCIAÇÕES URGENTES COM A CAIXA

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Banco anunciou esta semana um novo processo de reestruturação

A Contraf-CUT, por intermédio da Comissão dos Empregados (CCE/Caixa), cobra a abertura de negociações urgentes, pelo anúncio de um novo processo de reestruturação, anunciado aos empregados por mensagem do conselho diretor.

“A direção do banco tem um acordo firmado no último acordo coletivo de discutir em mesa qualquer tipo de reestruturação, antes da sua implementação”, lembrou Dionísio Reis, coordenador do CEE. “Não vamos aceitar que as mudanças sejam impostas sem qualquer negociação com os trabalhadores. Está claro a intenção deste governo privatista com o desmonte da Caixa Pública.”

Fonte: Contraf-CUT

 

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Os ataques à Caixa Econômica Federal e aos seus empregados não cessam. O mais recente ocorreu nesta segunda-feira (17), quando a direção do banco divulgou medidas relacionadas à reestruturação que preveem a extinção de filiais e a migração de trabalhadores, entre outras. Outra mudança foi a realizada no normativo RH 205, ampliando o programa Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP) para todos os bancários e bancárias com função.

Também nesta segunda começou o prazo para aderir ao Programa de Desligamento Voluntário Extraordinário (PDVE), cujo anúncio de reabertura ocorreu na sexta-feira (14). O objetivo é reduzir o quadro de pessoal em até 5.480 empregados. Somados aos cerca de 4.600 que se desligaram no primeiro semestre de 2017, poderão ser 10 mil trabalhadores a menos nas unidades de todo o país, em um prazo de poucos meses.

“Está mais escancarado a cada dia o projeto em curso para desmontar a Caixa, que chegou a ter 101 mil empregados em 2014 e agora terá menos de 90 mil. Com menos trabalhadores, agências e áreas meio são fechadas. Quadro de pessoal e estrutura menores resultam em atuação menor da empresa. E tudo isso justifica novas reduções e demissões. No final desse círculo vicioso, acaba-se com um banco forte e comprometido com o país e os brasileiros. É a volta do projeto da década de 90”, aponta o presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira.

De acordo com a mensagem enviada a toda a categoria, as mudanças que integram o processo de reestruturação estão concentradas nas Vice-Presidências de Logística (VILOG), Governo (VIGOV), Habitação (VIHAB), Fundos de Governo (VIFUG), Finanças e Controladoria (VIFIC), Gestão de Pessoa (VIPES) e Tecnologia da Informação (VITEC). Processos relacionados a FGTS, repasses, programas sociais e habitação, justamente entre os mais demandados pela população, estão entre os que serão impactados diretamente.

Dionísio Reis, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), observa que a direção da Caixa se comprometeu a discutir reestruturação na mesa permanente antes de qualquer implementação. “Não houve negociação com os representantes dos trabalhadores, o mesmo em relação à volta do PDVE. A estratégia é clara: gerar um clima de terror nas unidades a fim de que mais colegas decidam sair do banco. Já solicitamos uma reunião para tratar desses e outros assuntos com a empresa”, afirma.

Rita Serrano, coordenadora do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas e representante dos empregados no Conselho de Administração da Caixa, avalia que o projeto do atual governo é privatizar as empresas públicas. “No caso da Caixa, o modelo passa pelo fatiamento, com privatização das operações, seguros, loterias, cartões. O Tesouro afirma que não irá capitalizar o banco, e em consequência a Caixa diminuirá o crédito e os investimentos no desenvolvimento do Brasil. Ampliar os cortes na estrutura em RH estão dentro dessa lógica. Vamos arregaçar as mangas e lutar sem trégua”, garante.

Fonte: Fenae

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