23/09/2016 11:22

Resumo da Greve - 23/09/2016

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Com mobilização, empregados da Caixa buscam impedir retrocessos na política de aumento real

Publicação: FENAE, em   22/09/2016

Na greve nacional reafirmam que não aceitam redução de direitos ou do poder de compra dos salários

A Fenae e os empregados da Caixa Econômica Federal caminham juntos na resistência, na defesa de direitos e na busca por ganhos reais e por novas conquistas. Essa mobilização, focada nas necessárias melhorias de salários e das condições de trabalho, tem sido decisiva a cada Campanha Nacional Unificada de toda a categoria bancária, abrangendo trabalhadores das instituições financeiras públicas e privadas.

De 2004 a 2015, a luta coletiva dos bancários e dos empregados da Caixa possibilitou a conquista de aumentos expressivos acima da inflação do período: 21,40% nos salários, 42,3% nos pisos e mais de 100% nos vales. Desde então esses reajustes na massa salarial acima da inflação são comuns a todos os bancários e resultam de um grau de unidade muito grande em torno de uma mesma Convenção Coletiva de Trabalho.

Mas nem sempre foi assim. Em 1996, 1997, 1999, 2000 e 2001, por exemplo, os empregados da Caixa amargaram reajuste zero e os abonos em nada contribuíram para aliviar a queda considerável do poder de compra dos salários dos trabalhadores do banco. É verdade que não foram apenas os bancários os prejudicados. O conjunto dos trabalhadores experimentou uma época de desemprego, privatizações, arrocho salarial e precarização das condições de trabalho.

Mobilizados na Campanha Nacional Unificada 2016, partindo para a terceira semana de greve, os empregados da Caixa reafirmam disposição para que a lógica desse passado recente não se repita. “Nos últimos anos, tivemos aumento real, garantimos nosso poder de compra, mas na década de 90 tivemos perdas muitas significativas. Achamos muito importante que todos os empregados participem da greve para que aqueles tempos não voltem. Temos que evitar esses e outros retrocessos”, diz o presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira.

Ele lembra que a defesa da Caixa 100% pública, o fortalecimento do papel social do banco, as condições dignas de trabalho e uma política de mais contratação de empregados, combinadas com a luta contra o RH 184 e a manutenção da PLR Social (correspondente a 4% do lucro líquido e com distribuição linear para todos os empregados), também fazem parte da pauta específica de reivindicações. “Não podemos abrir mão”, atesta.

Para Cardoso, vice-presidente da Fenae, a estratégia de campanhas nacionais unificadas, conforme demonstrado nos últimos anos, consegue preservar a categoria e ainda expandir conquistas até mesmo em situações mais adversas. “A unidade nacional que alcançamos é o fator determinante dessa nossa trajetória de vitórias”, lembra. Ele acrescenta: “Estamos vivendo hoje um resgate de políticas que são de interesse apenas dos grandes empresários, os rentistas e os bancos, entre outros. Não vamos aceitar qualquer direito a menos”, observa.

O desafio que se coloca a partir de agora para os empregados da Caixa é manter a disposição de luta do período da Campanha Nacional Unificada, para fazer avançar a solução dos problemas que ainda afligem os trabalhadores do banco e dificultam a atuação da Caixa como banco 100% público, a serviço da sociedade. As negociações com a empresa são permanentes e envolvem os mais diversos temas.

“É certo ainda que outras lutas virão e os empregados da Caixa precisam ampliar seu poder de mobilização, fortalecendo cada vez mais as entidades representativas. A importância de se ter entidades fortes e atuantes fica demonstrada em todas as etapas do processo de mobilização e face a quaisquer desafios”, finaliza Jair Pedro Ferreira.

 

SEM SINAL DE NOVA NEGOCIAÇÃO GREVE DOS BANCÁRIOS SEGUE FORTE E CONTINUA CRESCENDO

Publicação: Fonte: FEEB SP-MS/Sindicato dos Bancários de SJCampos e Região em

22/09/2016

Nesta quinta-feira (22), 17º dia da Greve Nacional dos Bancários, trabalhadores seguem mobilizados e ampliando a paralisação. Amanhecem paralisadas 180 agências em São José dos Campos, Jacareí, Santa Branca, Santa Isabel, Igaratá, Guararema, Campos do Jordão, Monteiro Lobato, Jambeiro, Paraibuna, Caraguatatuba, São Sebastião e Ilha Bela. No primeiro dia (6), a greve atingiu 126 agências (82 agências em São José dos Campos e em 44 agências das 12 cidades da base do Sindicato).

Na base da Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul (FEEB-SP/MS), subiu para 2.124 os postos de trabalho fechados. A nível nacional são 13.398, entre agências e centros administrativos.

Apesar da truculência dos bancos que vêm tentando enfraquecer a mobilização dos bancários e acabar com greve, abrindo agências à força e arrancando cartazes das fachadas, o número de agências paralisadas segue crescendo rapidamente, graças à resistência dos bancários e à organização dos sindicatos, que não cederão à pressão e seguirão mobilizados por remuneração digna, garantia de emprego e melhores condições de trabalho. Até o momento, a representante dos bancos permanece em silêncio sobre nova rodada de negociação.

Histórico
Deflagrada no último dia 06 de setembro por tempo indeterminado, a greve é uma resposta à proposta rebaixada da Fenaban, que no dia 29 de agosto propôs um índice de 6,5% e um abono de R$ 3 mil, rejeitado em assembleia pelos trabalhadores e no dia 09 de setembro voltou a insistir no mesmo modelo, que impõe perdas à categoria: 7% e R$3,3 mil abono, reajuste que sequer cobriria a inflação do período, de 9,57% e que resultaria numa perda de 2,39% para os bancários. A Comissão Nacional dos Bancários rejeitou na mesa, reafirmando sua disposição para a negociação, mas evidenciando que não irá avaliar proposta que reduza o poder de compra dos trabalhadores.

BANCÁRIOS SE MOBILIZAM PARA TENTAR FECHAR CENTROS ADMINISTRATIVOS EM SÃO PAULO

Publicação: Comissão Executiva Bancária Nacional de Negociação - CEBNN/CONTEC, em 22/09/2016

A Greve Geral dos Bancários se fortalece a cada dia. Nesta manhã, alguns bancários estão mobilizados na Cidade de Deus, em São Paulo, onde estão localizados os principais centros administrativos do Bradesco, Itaú (Ceic) e Santander.  Aquela localidade é uma das maiores do Brasil, agregando cerca de 9 mil trabalhadores.

A ideia é divulgar as reivindicações da categoria e reiterar que a contraproposta da FENABAN (reajuste de 7% e abono de R$3,3 mil) não atende às expectativas e sequer cobre a inflação do período (9,64%).

O movimento sindical espera uma adesão maior da greve geral nesses centros administrativos, a exemplo do que aconteceu em 2013. Naquela época, cerca de 15 mil trabalhadores bancários e terceirizados pararam suas atividades, pressionando os bancos a negociar.

A última negociação com a FENABAN aconteceu há exatamente uma semana, na quinta-feira (15/09), sem nada avançar na proposta apresentada no dia 09/09.

A Comissão Executiva Bancária Nacional de Negociação – CEBNN/CONTEC acompanha a mobilização em São Paulo, na cidade de Deus, e assim que tivermos informações repassaremos a todos.

 

COMISSÃO BANCÁRIA SE REÚNE EM SÃO PAULO NA SEGUNDA-FEIRA , 26

Publicação: Sindicato dos Bancários GO, 22/09/2016

A Comissão Bancária Nacional de Negociações se reúne na próxima segunda-feira, 26, em São Paulo(SP), quando os dirigentes sindicais representantes dos bancários realizam avaliação dos efeitos da greve dos bancários em todo o país. Neste encontro será definido o encaminhamento de estratégias a serem seguidas a partir da próxima semana.

         Os bancos continuam em silêncio, não respeitam as reivindicações dos bancários e dão clara demonstração de que não estão preocupados com a falta de atendimento aos clientes e usuários do sistema financeiro.

         A mobilização dos bancários vem crescendo a cada dia e hoje a greve se expandiu para as cidades de Sanclerlândia, Orizona, Itapaci e Itapuranga. Parabéns companheiros, vamos à luta!

Tocantins

         A greve dos bancários no Estado do Tocantins também continua forte, com adesões das redes privada e oficial. Nesta quinta-feira, 22, os presidentes do SINTEC-TO e da UGT-TO, respectivamente Crispim Batista Filho e Célio Mascarenhas, receberam a visita do presidente da Federação dos Bancários de Goiás e Tocantins e do SEEB-GO, companheiro Sergio Luiz da Costa. As conversações entre os representantes sindicais sobre o movimento reivindicatório da categoria bancária ocorreram nas portas de diversas bancos na cidade de Palmas(TO).

“Presenciei a determinação do SINTEC-TO e da UGT-TO na luta em prol dos bancários por melhores condições salariais e trabalhistas”, elogiou Sergio Luiz da Costa.

Contatos úteis

         Os clientes e usuários do sistema financeiro podem contribuir fazendo cobranças aos bancos para acelerar as negociações e por fim a greve. As reclamações devem ser feitas através dos seguintes contatos:

                    

Federação dos bancos (Fenaban): 11.3244-9800 e 11.3186-9800, www.febraban.org.br/faleconosco.asp; IBEDEC – Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo, fones 62 3215.7777 e 3215.7700, e-mail ibedec@ibedecgo.org.br; Banco Central: 145 (custo de ligação local), www.bcb.gov.br; SAC Santander: 0800 762 7777; SAC Banco do Brasil: 0800 729 0722; SAC Caixa Econômica Federal: 0800 726 0101; SAC Itaú: 0800 728 0728; SAC Bradesco: 0800 704 8383; Procon Goiânia: fone 156, procongoiania@procon.goiania.go.gov.br; Procon Goiás: fone 151, 3201.7100 – outras Cidades e Regiões.

 

Nota de repúdio: OAB ataca o direito de greve dos bancários

Publicado: Contraf-CUT em 21/09/2016

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) recebeu com indignação a notícia de que seccionais estaduais da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) estariam impetrando ações com pedido de liminar corporativista na Justiça do Trabalho, tendo como réus Sindicatos de Bancários, filiados a esta Confederação, prejudicando a greve legítima da categoria bancária.

Uma greve cuja legalidade e legitimidade nem mesmo a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) ousou questionar.

As ações pretendem decisões liminares para garantir a advogados o direito de adentrarem nas agências bancárias para receberem o pagamento de alvarás judiciais.

O que nos pareceu atos isolados, a princípio, configurou ação organizada, a partir da leitura das petições feitas de molde uniformizado e a relatos da insistência da OAB Federal para que seus órgãos estaduais se lancem contra a greve nacional dos bancários.

Por toda parte, os seus órgãos estaduais têm sofrido pressão para pedir a abusividade e ilegalidade da greve bancária, sob o pretexto de garantir o acesso dos advogados aos alvarás judiciais, bem como pedem o funcionamento de todas as agências do Banco do Brasil.

Esclarecemos que nossa greve é tão legítima quanto legal, uma vez que os Sindicatos cumpriram rigorosamente todas as determinações estabelecidas na Lei de Greve, priorizando os direitos dos aposentados e pensionistas, prova de vida, troca de senhas e recebimentos de novos cartões; garantia de 100% das salas de autoatendimento, através das quais os clientes podem realizar todos os serviços bancários; e, bem como assegurar o abastecimento dos caixas eletrônicos diuturnamente.

Reafirmamos nosso respeito pela Ordem dos Advogados do Brasil e pela sua história, mesmo nos momentos em que divergimos de suas posições.

Assim foi em 1964, quando a referida instituição se posicionou ao lado do golpe civil-militar financiado pelo capital internacional, e atualmente quando se posiciona em apoio ao golpe político, econômico, jurídico e midiático desferido contra o voto de mais de 54 milhões de brasileiros e contra as conquistas sociais adquiridas com muita luta.

Entretanto, não podemos nos calar perante tal atitude, uma vez que fere o direito à greve de categoria organizada, prevista em lei específica.

A advocacia é uma profissão associada à ideia da busca da justiça.

A ameaça do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil ao direito de greve dos bancários lamentavelmente é um desserviço à sociedade e vem contaminando cada vez mais as seccionais, que resvalam na tarefa que tem de defender o Estado Democrático de Direito, colocando questões corporativas acima dos direitos dos trabalhadores e das pessoas, prestando um serviço, ao que se saiba, não solicitado pela própria Fenaban.

Utilizando-se de expediente legal, a OAB acaba assumindo indevidamente o papel de preposto dos banqueiros, que nos últimos anos tentam usurpar o direito à greve valendo-se da figura dos Interditos Proibitórios.

Temos convicção que essa postura está longe de ser uma unanimidade na categoria e cremos que a maioria dos advogados não compactua com a mesma.

Sendo assim, resta à Contraf-CUT lamentar e repudiar este cerceamento ao direito de greve dos trabalhadores bancários, feito justamente por quem deveria defendê-lo.

Acatamos e informamos que iremos cumprir a determinação legal, mas não passivamente. Estamos buscando os recursos legais cabíveis diante da casuística postura corporativista travestida de nobre preocupação social.

Por culpa dos banqueiros a greve continua. Nossa greve é justa, nossas reivindicações são justas e os bancos podem atendê-las.

Só a luta te garante!

 

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