Resumo dos principais veículos de informações a respeito da greve
CAIXA ECONÔMICA FEDERAL APRESENTA PROPOSTA ESPECÍFCA
Publicado em 06/10/2016 - CONTEC
A CAIXA ECONÔMICA FEDERAL apresentou nesta madrugada de quinta-feira (06/10) a contraproposta para assinatura de Acordo Coletivo de Trabalho com seus empregados, em que segue a oferta da FENABAN de 8% de reajuste mais abono de R$ 3,5mil.
Confira os termos da proposta:
1.Reajuste de 8% no salário padrão e reflexo nas correspondentes vantagens pessoais, nas funções gratificadas, gratificação de cargo em comissão, bem como nos valores de tabelas de corte e piso salarial de mercado;
2. Abono de R$ 3,5 mil, pagos 10 dias após assinatura do Acordo Coletivo de Trabalho;
3. 15% de auxílio cesta alimentação (R$ 565,28);
4. 15% na 13ª cesta alimentação (R$ 565,28);
5. 10% no auxílio alimentação (R$ 717,29);
6. 10% no auxílio creche/babá (até 71 meses R$ 434,17/ até 83 meses R$ 371,43);
7. 8% demais benefícios;
8. PLR CAIXA:
- REGRA FENABAN- limitada a 15% do lucro líquido apurado em 2016 distribuída da seguinte forma: REGRA BÁSICA (90% do salário reajustado em set/16, mais valor fixo de R$ 2.183,53, limitado a R$ 11.713,59) mais PARCELA ADICIONAL (2,2% do lucro líquido apurado no exercício de 2016, dividido pelo número de funcionários, até o limite individual de R$ 4.367,07);
- PLR ADICIONAL CAIXA - 4% do lucro líquido apurado em 2016, distribuído igualmente para todos os empregados;
- PLR PARCELA COMPLEMENTAR - garantirá no mínimo uma remuneração básica a todos os empregados, a soma da PLR FENABAN e a PLR ADICIONAL CAIXA não atinja esse limite.
9. Antecipação da PLR - propõe pagar 60% do valor total da PLR devida em até 10 dias após assinatura do ACT.
FENABAN APRESENTA EM MESA ÚLTIMA PROPOSTA PARA CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO
Publicado 6/10/2016 - CONTEC
Após cansativo debate nesta quarta-feira (05/10), em São Paulo, e diante de uma greve que já chega ao seu 30º dia, a Fenaban trouxe para a mesa de negociação, nova e definitiva proposta, visando dar uma solução definitiva ao impasse das negociações para a celebração de um acordo.
A proposta contempla índice de 8% nas verbas salariais, 10% nas verbas do auxilio creche/babá e tíquete alimentação, 15% na cesta alimentação e mais um abono em parcela única a ser paga após 10 dias da assinatura no valor de R$ 3.500,00 (três mil e quinhentos reais), juntamente com a PLR nas mesmas condições do acordo anterior com um ganho de 8%.
Como proposta inovadora, propôs acordo de 2 anos, garantindo a reposição do INPC mais ganho real de 1% a partir de 01 de setembro de 2017 sobre salários de 31/08/2017. (Veja tabela abaixo com todos os valores). Após intervalo para consulta aos bancos sobre os diversos pontos questionados para melhoria da proposta como o índice abaixo da inflação e a não aceita em hipótese alguma quanto a compensação e pagamento dos dias parados, a FENABAN retornou à mesa e como última condição abriu mão da compensação dos dias de greve, concedendo a anistia de todo o período grevista.
AVALIAÇÃO
Considerando que a mobilização da categoria nestes dias de greve, apesar de não alcançar o índice de reajuste pretendido, trouxe melhora na proposta com aumento no índice para 8% e ganho real no tíquete e cesta alimentação, concessão de um abono no valor de R$ 3.500,00 e garantia para o próximo dissídio da reposição da inflação pelo INPC mais acréscimo de 1%, e ainda a anistia de todos os dias parados, em respeito àqueles que realmente lutaram com empenho nesta campanha.
ORIENTAÇÃO
A CONTEC, por meio da Comissão Executiva Bancária Nacional de Negociação-CEBNN/CONTEC, entende que, diante do cenário que se impôs e as circunstâncias a que chegamos, que a contraproposta como um todo propicia recomendar a sua APRECIAÇÃO, lembrando que as assembleias devem ser realizadas até a data de hoje (06/10), com retorno ao trabalho a partir do dia 07/10, (sexta-feira). Assim, os bancários que seguirem em greve a partir desta data, terão os seus dias descontados ou compensados.
Fenaban propõe 8% mais abono R$3,5 mil neste ano. Para 2017, reposição da inflação e 1% de aumento real
Publicado em 06/10/2016 – CONTRAFCUT
Comando Nacional dos Bancários orienta aprovação da proposta nas assembleias desta quinta-feira (6)
Com 30 dias de greve histórica e grande mobilização nacional da categoria bancária, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) apresentou nesta quarta-feira (5), em São Paulo, uma nova proposta para o Comando Nacional dos Bancários. O acordo de dois anos prevê 8% de reajuste mais abono de R$3,5 mil, em 2016. No vale-alimentação o reajuste proposto é maior, de 15% e no vale-refeição e no auxílio creche/babá é de 10%. Para 2017, a Fenaban aceitou repor integralmente a inflação (INPC/IBGE) mais 1% de aumento real nos salários e em todas as verbas. O Comando Nacional dos Bancários orienta aprovação da proposta e os sindicatos realizam assembleias nesta quinta-feira (6) em todo o país.
Dentro da Campanha Nacional deste ano, a defesa do emprego está entre as prioridades, sendo tema constante de debate com a Fenaban. Neste sentido, a negociação conquistou a instalação de um Centro de Realocação e Requalificação Profissional nos bancos. Com participação bipartite, o projeto vai buscar realocar os funcionários ameaçados pela reestruturação em um determinado local, criando possibilidades de serem transferidos para outras áreas da própria instituição e assim evitar demissões.
Sobre os dias parados durante a greve, a Fenaban insistia na compensação de todos, sem prazo limite. Mas o Comamando Nacional não aceitou a postura dos banqueiros e conseguiu arrancar, na mesa de negociação, o abono total dos dias parados. A Fenaban disse, porém, que proposta só vale até as assembleias desta quinta-feira (6), com retorno ao trabalho na sexta feira (7).
Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT e um dos coordenadores do Comando Nacional dos Bancários, avalia que os bancários saem vitoriosos de uma das campanhas mais difíceis dos últimos anos, impactada pela conjuntura política e econômica do país.
“A primeira proposta de Fenaban que reajustava nossos salários em 6,5% foi apresentada no dia 29 de agosto, em plena efervescência política do processo de impeachment, que aconteceria dois dias depois. Iniciamos nossa greve com um novo governo, que estabeleceu medidas e ajustes que prejudicaram as nossas reivindicações. Os banqueiros insistiram em um modelo aplicado nos anos 90 na Era FHC de reajustar salários abaixo da inflação e conceder abono para compensar a diferença”, ressalta Roberto.
O presidente da Contraf-CUT também destaca a discussão sobre um novo modelo de acordo que não resultasse em retrocesso para a categoria. “O debate de um modelo diferente, que garantisse que aquela velha fórmula não voltaria em 2017 apareceu no cenário e foi considerado importante pelo Comando. A presença dos bancos públicos na CCT de 2017 e a garantia de reajuste acima da inflação para todos era fundamental. Debatido com os bancos, foi garantido pela unidade nacional, pela nossa mobilização e pela forte greve. Garantimos ainda avanços no VA, VR e Auxilio Creche/Babá. Garantimos a extensão dos direitos e valores para todos os bancos públicos, diferente dos anos 90, Mas uma vitória inédita foi a garantia do não desconto e da não compensação dos dias da greve, um instrumento medieval de punição dos grevistas”, avalia, ao falar também da luta dos bancários contra ações que tentaram enfraquecer a greve. “Foi uma luta desigual onde os bancos utilizaram todo o seu arsenal: a mídia, as associações comerciais, o judiciário, os interditos, as ameaças, a boataria e os constrangimentos. Nada disso derrotou a nossa greve da qual nos orgulhamos muito, Queremos sair dela com a nossa dignidade intacta e com o sentimento de que fizemos o nosso melhor. A luta nos garantiu”, reforça Roberto von der Osten.
Durante a décima rodada de negociação, os bancos também concordam em implantar a licença-paternidade de 20 dias, conforme lei sancionada neste ano, durante o governo Dilma Rousseff.
Greve histórica
Nesta quarta-feira (5) a greve se manteve forte, 13.123 agências e 43 centros administrativos tiveram as atividades paralisadas, o que representa 55% dos locais de trabalho em todo o país.
"Fizemos uma greve forte e, em um ambiente de alta incerteza política e econômica, a categoria garantiu ganho real em 2017 e para este ano manteve a valorização em itens importantes como vale alimentação, refeição e auxilio creche. Garantimos também a não compensação dos dias parados e o Comando vai orientar a aprovação nas assembleias", disse Juvandia Moreira, vice-presidenta da Contraf-CUT e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários.
Proposta dos bancos
Reajuste de 8% e abono de R$ 3.500,00 em 2016.
Reposição integral da inflação (INPC/IBGE), mais 1% de aumento real em 2017 para os salários e todas as verbas.
PLR 2016
PLR regra básica - 90% do salário mais R$ 2.183,53 limitado a R$ 11.713,59. Se o total ficar abaixo de 5% do lucro líquido, salta para 2,2 salários, com teto de R$ 25.769,88
PLR parcela adicional - 2,2% do lucro líquido dividido linearmente para todos, limitado a R$ 4.367,07.
Antecipação da PLR – Primeira parcela depositada até dez dias após assinatura da Convenção Coletiva. Regra básica - 54% do salário reajustado em setembro de 2016, mais fixo de R$ 1.310,12, limitado a R$ 7.028,15 e ao teto de 12,8% do lucro líquido - o que ocorrer primeiro. Parcela adicional equivalente a 2,2% do lucro líquido do primeiro semestre de 2016, limitado a R$ 2.183,53.
PLR 2017
Para PLR e antecipação da PLR- mesmas regras, com reajustes dos valores fixos e limites pelo INPC/IBGE de setembro/2016 a agosto/2017, acrescido de aumento real de 1%, com data de pagamento de pagamento final até 01/03/2018.
Pisos 2016
Piso portaria após 90 dias - R$ 1.487,83.
Piso escritório após 90 dias - R$ 2.134,19.
Piso caixa/tesouraria após 90 dias - R$ 2.883,01 (salário mais gratificação, mais outras verbas de caixa).
Vales e Auxílios 2016
Auxílio-refeição - R$ 32,60.
Auxílio-cesta alimentação e 13ª cesta - R$ 565,28.
Auxílio-creche/babá (filhos até 71 meses) - R$ 434,17.
Auxílio-creche/babá (filhos até 83 meses) - R$ 371,43.
Gratificação de compensador de cheques - R$ 165,65.
Requalificação profissional - R$ 1.457,68.
Auxílio-funeral - R$ 978,08.
Indenização por morte ou incapacidade decorrente de assalto - R$ 145.851,00.
Ajuda deslocamento noturno - R$ 102,09.
Vale-Cultura, valor de R$50,00, mantido até 31/12/16.
2017 - Os valores vigentes em 31/08/2017 serão reajustados pelo INPC/IBGE de setembro/2016 a agosto/2017, acrescido de aumento real de 1%.