03/10/2016 11:41

SEM NEGOCIAÇÃO, BANCÁRIOS CONTINUAM EM GREVE

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Os bancos continuam demonstrando total desrespeito aos seus clientes, usuários e empregados do sistema financeiro. A greve dos bancários completou 25 dias nesta sexta-feira, 30, e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) sequer agendou nova reunião de negociações. Até mesmo a rodada de negociações agendada para esta sexta-feira, 30, foi cancelada ontem pelos banqueiros.

         A paralisação do sistema financeiro é por culpa exclusiva dos bancos, que apesar de faturarem lucros bilionários se negam a repassar a inflação dos últimos 12 meses aos salários dos bancários (9,62%), aumento real de 5%, garantia de emprego e melhorias nos tíquetes alimentação, PLR, auxílio creche e outras reivindicações básicas da categoria. A oferta dos patrões de reajuste salarial de 7% mais R$ 3.500,00 em 2016 e do repasse da inflação mais 0,5% de aumento real em 2017 é insuficiente, por isso mesmo foi rejeitada em mesa de negociações.

         São por essas razões que a greve dos bancários continua forte, paralisando o sistema financeiro em Goiás e no país.

 

PROLONGAMENTO DA GREVE DOS BANCÁRIOS PREOCUPA COMÉRCIO VAREJISTA, DIZ CNDL

     O prolongamento da greve dos bancários, que já dura 25 dias, preocupa os comerciantes varejistas. A Confederação Nacional de Dirigentes de Lojistas (CNDL), entidade que administra o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e reúne mais de 1,2 milhão de pontos de venda em todo o País, informou que os empresários temem que a greve chegue até o quinto dia útil do próximo mês - período em que a maioria das empresas pagam seus funcionários.

     Segundo a CNDL, a greve dificulta a retirada de dinheiro e, portanto, o consumo, prejudicando o comércio. A instituição estimou que a paralisação pode causar um impacto potencial diário de até 5,95% nas vendas do comércio.

     "A paralisação é vista pelos lojistas como algo bastante preocupante, pois a partir do momento em que o consumidor deixa de ter dinheiro para gastar, ele se sente desmotivado para ir ao comércio e consequentemente a economia sofre com a retração nas vendas", destacou o presidente da CNDL, Honório Pinheiro.

     De acordo com Pinheiro, alguns serviços oferecidos pelos bancos não podem ser realizados nos caixas eletrônicos, porque demandam atendimento personalizado. "Existem situações que precisam do contato com o bancário, como descontar um cheque, receber uma ordem de pagamento ou a captação de um financiamento", afirma Pinheiro. Ele ainda disse que as micro e pequenas empresas já enfrentam dificuldades diárias e não podem ficar reféns desta paralisação. 

Fonte: Isto É

 

FONTE: Sindicato dos Bancários de Goiás, publicado em 30/09/2016

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