Movimento em defesa do Saúde Caixa
A APCEF/GO manifesta total apoio à mobilização nacional das empregadas e empregados da Caixa Econômica Federal em defesa do Saúde Caixa — uma conquista histórica que garante acesso à saúde com qualidade, solidariedade e sustentabilidade para milhares de famílias em todo o Brasil.
Nesta terça-feira, 7 de outubro, as negociações para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho do Saúde Caixa foram suspensas após forte reação da categoria diante da proposta apresentada pelo banco, que previa aumentos médios de até 71% nas mensalidades dos grupos familiares.
A proposta da Caixa incluía a elevação do percentual de contribuição dos titulares de 3,5% para 5,5%, além do reajuste no valor por dependente de R$ 480 para R$ 672, e o aumento do limite máximo de pagamento de 7% para até 12% da remuneração base.
Tais condições foram consideradas inaceitáveis pela Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), que reforçou a disposição para o diálogo, mas reiterou que não há como apresentar uma proposta dessa natureza à categoria.
“Estamos abertos à negociação, mas não temos como apresentar uma proposta desta para nossos colegas. Vamos esperar uma nova proposta que valorize os trabalhadores”, afirmou Felipe Pacheco, coordenador da CEE/Caixa.
Em reação à proposta, unidades da Caixa em todo o país amanheceram com manifestações, e as atividades da Matriz II, em Brasília, chegaram a ser paralisadas. Em Goiás, o Sindicato dos Bancários realizou ato em frente à Agência Serra Dourada, reforçando a pauta pelo reajuste zero e a manutenção de um plano solidário e acessível.
“O banco precisa valorizar quem trabalha para que ele obtenha os bons resultados que vem tendo. Valorizar quem trabalha pelo desenvolvimento do Brasil e para atender bem toda a população brasileira”, destacou Rafael de Castro, diretor da Fenae e representante da Contraf-CUT nas negociações.
O presidente da Fenae, Sérgio Takemoto, também manifestou indignação diante da proposta:
“Com essa proposta, a Caixa faz parecer que a saúde das empregadas e empregados não é importante. A Caixa é feita pelos trabalhadores, e se ela é essencial para o país, é por causa do nosso esforço e dedicação. Quem sempre cuidou do Brasil merece ser cuidado.
Diante da gravidade da situação, as entidades representativas da categoria orientam pela continuidade das mobilizações até que o banco apresente uma proposta digna de apreciação, que respeite a história, o trabalho e a saúde de todos.
A APCEF/GO reafirma sua posição ao lado das trabalhadoras e trabalhadores da Caixa, defendendo reajuste zero, o modelo de custeio 70/30, e o fim do teto de custeio de 6,5%, em favor de um Saúde Caixa solidário, sustentável e acessível.
“O Saúde Caixa é mais que um benefício — é um direito conquistado com décadas de luta e união. Não aceitaremos retrocessos que comprometam a dignidade e o acesso à saúde dos nossos colegas. É tempo de união, diálogo e resistência”,
reforça João Fortunato, presidente da APCEF/GO.
Cada voz conta. Cada presença fortalece.
Seguimos juntos em defesa do Saúde Caixa e do respeito às trabalhadoras e trabalhadores que fazem a Caixa acontecer.